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terça-feira

eu estava falando do meu pai. o sujeito é um calhorda, ou melhor, um covarde, ou melhor, um coração fudido, ou melhor, um coitado, ou melhor, um corte traumático, ou melhor, um corintiano doente, ou melhor... sei lá. o sujetio é um cara legal, sempre me apoio nos piores momento (exceto quando ele comeu a minha primeira namorada enquanto eu ia comprar pipoca no parque de diversão, acho que eu tinha uns vinte um anos - eu sei, mas o que esperar de alguém complexido como eu? muitos complexos se acentuam com uma vida sexual perturbada por traumas infantis de rejeição). mas não é nada disso. não posso reclamar da vida. pelo menos, tenho um emprego (mesmo sendo ele uma grande bosta! mas não acho prudente juntar num mesmo post frustração profissional e familiar, acho que é demais para qualquer ser humano). eu estava falando do meu pai. o cara é um sucesso. o cara é um fracasso - igual ao filho. o cara é um canastrão. o cara é um sujeito exemplar. o cara é um ótimo marido. o cara é um filho-da-puta. o cara é. o cara é um cara que eu chamo de meu pai, inclassificável como qualquer outro ser-humano. único. comum. cada dia de um jeito diferente. falar do meu pai é enrolar um novelo sem lã, seja lá o que isso signifique, é tão estranho quanto falar do meu pai. e quem falaria melhor, meu caro ouvinte?

klauss vog 3331988

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